Ontem, dia 22 de fevereiro, foi publicado o Edital do tão esperado concurso da UERN.
Esse momento seria de muita comemoração para a comunidade "concurseira" do RN se não fosse o capricho da INVENTADA avaliação de títulos, principalmente no que tange ao cargo de nível médio.
A universidade, dando uma pontuação a mais para quem já trabalha no serviço público, quer de fato privilegiar os seus funcionários contratados, na maioria das vezes, de forma irregular.
O que poderia ser uma espécie de luz no fim do túnel para quem vem estudando a um bom tempo sem conseguir sucesso em concursos anteriores, pode se transformar em mais uma frustração. Não por falta de competência dos concurseiros que não possuem as costas largas e nem os famigerados "Q.I.", e sim em virtude de os figurões da administração pública estarem agora maculando com seus sujos tentáculos até mesmo os processos de seleção de servidores.
Isso já havia sido feito pela nossa amada prefeitura, não me recordo se no concurso para a educação ou se para o da saúde. Nesse último, também o tempo de serviço (decorrente de uma contratação IRREGULAR), valia pontinhos para os vampiros do executivo municipal.
Do ponto de vista jurídico creio que essa parte do edital que discrimina os os seres humanos normais, sem costas hipertrofiadas, e beneficia os apadrinhados pode ser anulada, dada a gritante violação do Princípio da Impessoalidade (também da moralidade) que deve nortear toda a administração pública, seja federal, seja estadual ou seja municipal.
Falei especificamente de uma parte do edital pelo fato de uma anulação total do concurso ser muito prejudicial à sociedade. Pior até do que a permanência do certame conforme se encontra atualmente.
As práticas administrativas de uma universidade não são complexas ao ponto de ser necessária uma etapa de avaliação de títulos. A UERN não está fazendo um concurso para Professor, nem para Juristas e nem para especialistas. Falo isso pois sou assistente em administração de uma instituição de ensino e assim que entrei em exercício só havia uma pessoa para me ajudar no aprendizado das rotinas administrativas, mesmo assim eu aprendi o necessário em pouquíssimo tempo. Não por eu ser um gênio, estou longe disso, mas por serem tarefas de certa forma fáceis, que não exigem uma formação específica para serem realizadas.
É bom que o Ministério Público abra os olhos. O nepotismo está nesse momento dando pulos de felicidade, pois ele encontrou uma nova forma de se perpetuar. Daqui a pouco tempo veremos mais prefeituras seguindo os exemplos de Fafá e da UERN. E no interiorzão do estado é que a coisa vai ser feia. Não será difícil um concurso p "secretário escolar" ter uma etapa de avaliação de títulos mais arbitrária do que a que vimos no edital do concurso da UERN. Nesses concursos, não serão raras as questões de "alto nível", tais como:
- Na frase "O governo ignora o povo." quem é o sujeito?
a)Ignora
b)o povo
c)O governo
d) N.D.A.
É isso mesmo, meus caros. Está se desenvolvendo no Brasil mais uma forma de se legitimar o nepotismo. Cabe a nós ficarmos de olho nas nossas "otoridades" e denunciarmos esses absurdos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Amigo concordo inteiramente com o seu pensamento. Ta aí a explicação na demora da saída do edital. Estavam amarrando os apadrinhados políticos no edital. Amigo, é ano de eleição, a chefe do executivo estadual irá candidata-se ao senado federal, não vai querer perder nenhum votinho. O que mais me deixa indiguinado é a aprovação do edital por parte do Ministério Público que concordou com essa pouca vergonha que ficou o edital da UERN.
Em parte, você está certo. Noutra, sua generalização é preocupante.
Primeiramente, saiba que eu não tenho interesse nesse concurso. Também, nenhum parente meu o tem. Logo, meu comentário é guiado simplesmente pela observação cotidiana da instituição. Saiba também que sou totalmente anti-nepotismo.
Muitas pessoas que estão na UERN não possuem o "Q.I.", estão lá pois foram escolhidos a dedo e exercem graciosamente suas funções. Não citarei nomes pois a Internet anda muito visada por pseudo-advogados em busca de seus 15 minutos de fama.
O que quero dizer é que muitos que estão na situação ilegal na instituição merecem ser legalizados sem concursos nenhum, o que infelizmente é impossível. São pessoas que domina a estrutura burocrática da instituição e facilitam a vida de muita gente. A minha, por exemplo, foi facilitada muitas vezes graças a intervenção dessas pessoas.
Enquanto muitos dos ilegais fazem por merecer, conheço um punhado de concursado que estão lá só para receber o salário, realizando suas funções de maneira negligente e despreocupada. E estão protegidos por mecanismos legais que dificultam sua saída ou substituição.
E é no ponto exposto acima que acho sua generalização um tanto quanto perigosa.
O carga de trabalho na UERN é de 40 horas semanais, o que dá em média 8 horas por dia. Será que dá para uma pessoas trabalharem 8 horas e depois ainda estudar para um concurso? Essas pessoas que merecem seus cargos, devem ser prejudicadas pela necessidade de regularização da instituição?
Claro, existe o nepotismo e, revendo o que disse no segundo parágrafo, tenho interesse nesse concurso: que algumas dessas pessoas saiam da insituição pois são verdadeiros atrasos na evolução da Universidade. Quem me conhece deve saber de quais pessoas estou a falar. Mas aí já é outra história...
É verdade, concordo inteiramente. Há o nepotismo que se mascara atualmente para poder agir, no entato, ainda podemos vê-lo. Temos que ficar inquietos com tal situação, me admira o Ministério Público como fiscal da lei que é, ter aprovado esse edital como já foi bem falado no artigo.
Fiquemos de olho em toda movimentação dos corruptos que se espalham como planta forrageira no chão.
Algo que não tem a ver com o post. A nível de uma melhor visualização do seu blog, aumente um pouco a fonte do texto no Layout do seu blog e também modifique a cor da descrição do blog para um cor mais clara.
Obrigado
Postar um comentário